Um recital da soprano filipina Antoni Mendezona com o pianista Nuno Margarido Lopes abre, neste dia 15 de março, sábado, em Arraiolos, a 21.ª edição do Festival Terras Sem Sombra (FTSS), que até dezembro percorrerá 16 localidades portugueses e duas espanholas.

O Festival, que este ano tem as Filipinas como país convidado e por tema a condição da mulher na música – “Autoras, Intérpretes, Musas: O Eterno Feminino e a Condição da Mulher na Música (Séculos XIII-XXI)” -, levará iniciativas a concelhos do Alentejo e do Ribatejo e ainda a dois outros da vizinha Espanha. O orçamento é de 280 mil euros, sendo metade garantida pelas autarquias envolvidas, disse à agência Lusa a sua diretora executiva, Sara Fonseca.

Este ano, o Terras sem Sombra voltou a ter financiamento da Direção-Geral das Artes (DGArtes), na modalidade bienal, depois de três anos sem o obter, apesar das “altas classificações” dadas às candidaturas, que as tornavam elegíveis para apoio, por falta de verbas disponíveis do Programa Sustentado.

O apoio da DGArtes é de 60.000 euros anuais, o que permite “chegar mais longe”, “envolver mais gente”, “pagar as contas”, nomeadamente da equipa da organização do Festival, assim como “programar mais”, disse Sara Fonseca à Lusa.

Na edição do próximo ano, graças a este apoio, será possível programar uma ópera encenada, adiantou a diretora executiva. A ópera está a ser preparada com crianças e as comunidades locais. Há dez anos que não é apresentada uma ópera no Alentejo, disse a responsável.

Segundo Sara Fonseca, sem apoio estatal “foi muito difícil” levar as edições anteriores a bom termo, tendo sido necessário recorrer a um mecenas externo sem qual não teria sido possível a edição anterior. A Fundação La Caixa “supriu uma grande lacuna”, garantiu.

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