A Campanha de Segurança Rodoviária “Viajar sem pressa”, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), decorreu entre os dias 3 a 9 de dezembro e teve como objetivo alertar os condutores para os riscos da condução em excesso de velocidade, dado que esta é uma das principais causas dos acidentes nas estradas.
Esta campanha contou, uma vez mais, com a participação dos serviços das administrações regionais dos Açores e da Madeira na realização de ações de sensibilização, complementando o trabalho de fiscalização que tem sido realizado pelos comandos Regionais da PSP.
Inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2024, a campanha foi divulgada nos meios digitais, nos Painéis de Mensagem Variável e através de cinco ações de sensibilização da ANSR, realizadas em simultâneo com as operações de fiscalização levadas a cabo pela GNR e pela PSP, em Braga, Setúbal, Sintra, Tomar e Vila Nova de Gaia. Idênticas ações ocorreram nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Na campanha “Viajar sem pressa” foram sensibilizados 423 condutores e passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
A velocidade é a principal causa de um terço de todos os acidentes mortais;
Quanto mais rápido conduzimos, menos tempo dispomos para imobilizar o veículo, quando algo de inesperado acontece;
Numa viagem de 20 km, aumentar a velocidade de 50 para 60 km/hora, permite ganhar apenas 4 minutos. Viaje sem pressa.
Durante as operações das Forças de Segurança no âmbito desta campanha, realizadas entre os dias 3 e 9 dezembro, foram fiscalizados em controlo de velocidade por radar 5,0 milhões de veículos, 4,7 milhões dos quais pelo SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da responsabilidade da ANSR.
Dos veículos fiscalizados, 16,7 mil circulavam com excesso de velocidade, dos quais 5,1 mil foram detetados pelos radares das Forças de Segurança e 11,6 mil pelos da ANSR:
Nesta campanha, registou-se um total de 2.814 acidentes, de que resultaram nove vítimas mortais, 41 feridos graves e 873 feridos leves.
Relativamente ao período homólogo de 2023, verificaram-se menos 156 acidentes, mais uma vítima mortal, menos seis feridos graves e mais 107 feridos leves.
As nove vítimas mortais, sete do género masculino e duas do género feminino, tinham idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos.
Os nove acidentes com vítimas mortais ocorreram nos distritos de Beja (1), Bragança (1), Castelo Branco (1), Coimbra (1), Leiria (1), Lisboa (2), Porto (1) e Santarém (1).
Estes acidentes consistiram em três colisões (que envolveram três veículos ligeiros, um veículo pesado, um motociclo e um velocípede), três despistes (que envolveram seis veículos ligeiros e um veículo agrícola) e três atropelamentos (que envolveram dois veículos ligeiros e um motociclo).
Os acidentes acima descritos ocorreram em seis estradas nacionais e três arruamentos.
Esta foi a última das 12 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do PNF de 2024.
Destas 12 campanhas que decorreram ao longo de 2024, foram realizadas 54 ações, durante as quais cerca de 6.900 pessoas foram sensibilizadas presencialmente. Quanto a ações de fiscalização, o número de condutores fiscalizados presencialmente foi de 624,5 mil, enquanto cerca de 49,9 milhões de veículos foram fiscalizados por radar.
As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas anualmente pela ANSR, GNR e PSP, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos.
O PNF de 2024 consagrou como prioritários os temas Velocidade, Álcool, Acessórios de segurança, Telemóvel e veículos de duas rodas a motor.
À semelhança de 2024, serão realizadas durante o próximo ano 12 campanhas de sensibilização e de fiscalização com as mesmas temáticas.
A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada.