A Igreja Católica em Portugal está a celebrar a Semana de Oração pelos Seminários 2024, de 3 a 10 de novembro, com o tema ‘Que posso eu esperar?’, do livro dos Salmos, escolhido pela Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios para “gerar também essa provocação”, para que possa “interrogar e implicar todos nessa questão dos seminários, não apenas aqueles que lá vivem”.
Na Arquidiocese de Évora, atualmente, funcionam o Seminário de Nossa Senhora da Purificação – Maior de Évora, o Seminário Redemptoris Mater – Nossa Senhora de Fátima do Caminho Neocatecumenal, a Comunidade Formativa de Jovens Salesianos e o recém-chegado à Arquidiocese Seminário Canção Nova.
Seminário de Nossa Senhora da Purificação – Maior de Évora
O Seminário de Nossa Senhora da Purificação – Maior de Évora conta atualmente com 24 seminaristas. Segundo o seu reitor, o P. Gustavo Cuneo, “este ano tem uma fisionomia particular, porque os seus seminaristas são oriundos de Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Timor-Leste, Cuba e Brasil e a equipa formadora é composta por um sacerdote português, um congolês e um argentino”.
Na semana de oração pelos Seminários “celebrámos a Eucaristia na Igreja do Espírito Santo na terça-feira, dia 5 de novembro, às 19h15. Presidiu o Arcebispo Emérito D. José Alves e participaram os restantes Seminários”, informa o reitor.
“Nesta sexta-feira, dia 8 de novembro, teremos uma tarde de silêncio no nosso seminário, que terá início com uma palestra do Padre Frederico, diretor espiritual e, a partir das 16h30, haverá uma Exposição e Adoração Eucarística que se prolongará até às 8h30 de sábado. E no domingo iremos ao Algarve participar na Ordenação Diaconal do Bruno Valente que foi seminarista nesta casa”, revela o P. Gustavo.
“Creio que na multiculturalidade do nosso seminário, Deus nos dá uma bela e desafiante oportunidade de acompanhar, formar e sustentar jovens vocações que, de diferentes latitudes, respondem generosamente ao chamamento de Deus num mundo em crise, ou como o Papa gosta de dizer numa “sociedade líquida”, sublinha o Reitor.
Desafiado a enviar uma mensagem à Arquidiocese nesta Semana de Oração pelos Seminários, o P. Gustavo refere: “Esta realidade deveria ajudar-nos a olhar para o futuro com esperança, a ter uma visão de vida e de fé cheia de entusiasmo para partilhar com os outros. Peregrinamos para o Jubileu de 2025 e ‘no Ano Jubilar somos chamados a ser sinais tangíveis de esperança para tantos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade’ no meio das dificuldades do mundo de hoje. E se me permitem fazer minhas as palavras do Papa Francisco: «No caminho para o Jubileu, voltemo-nos para a Sagrada Escritura e sintamos, dirigidas a nós, estas palavras: «Nós que procuramos refúgio n’Ele, encontramos grande encorajamento apegando-nos à proposta. Nesta esperança, tememos como âncora segura e firme da alma, que penetra no interior do mundo, onde Jesus entrou como nosso precursor” (Heb 6, 18-20). É um forte convite para nunca perdermos a esperança que nos foi dada, para a mantermos firmes, encontrando refúgio em Deus. A imagem da âncora é sugestiva para compreendermos a estabilidade e a segurança que possuímos nas águas revoltas da vida, confiar-nos-emos ao Senhor Jesus. Estas tempestades nunca poderão prevalecer, porque estamos ancorados na esperança da graça, capaz de nos fazer viver em Cristo, vencendo o pecado, o medo e a morte. Esta esperança, muito maior do que as satisfações quotidianas e a suavidade das condições de vida, transporta-nos a todos os desafios e exorta-nos a caminhar sem perder de vista a grandeza da meta a que somos chamados”.