Este Congresso Eucarístico é uma enorme graça para a Igreja mas, sobretudo para a Igreja Latino-amecana. O momento histórico reclama uma presença intensa de Deus através da sua Igreja, diante de tão grandes feridas e instabilidade sociopolíticas, desigualdades económicas e
políticas de pobreza e cultura de opressão.
Numa crónica do Cardeal Baltazar Porras Cardoso, Legado Pontifício para o Congresso, e apoiando-se em Simón Bolivar (1821), longe de qualquer interesse ou aproveitamento político, o Equador sempre foi referenciado como o “convento” da América Latina. E hoje, agora mesmo, “torna-se no maior convento do mundo, com as suas portas abertas à fraternidade que a Eucaristia nos dá para sermos construtores da fraternidade que gera paz, alegria e esperança.” A magnificência das igrejas e dos conventos, os templos como a majestosa “La Compañia”, o convento de são Francisco, a catedral metropolitana, o Voto Nacional ou a igreja de Santo Domingo, não surgiram por magia, são resultado de uma fé e devoção impares. 150 anos de consagração do país ao Sagrado Coração de Jesus, o primeiro país a fazê-lo, é testemunho disto mesmo; sem contar uma imensa marca de santidade, homens e mulheres, que surgem como modelos de vida e de fé.
“A originalidade do povo equatoriano deixou perplexo o estudioso alemão Alexander Humboldt quando o descreveu como “seres raros e únicos: dormem tranquilamente no meio de vulcões rangentes, vivem pobres no meio de riquezas incomparáveis e alegram-se com música triste”. É isto que continua a confundir os visitantes estrangeiros, para quem o bem-estar é medido por outros parâmetros.”
Hoje, dia 8 de setembro, na Eucaristia solene de abertura do Congresso Eucarístico, este enorme convento celebrará a primeira comunhão de mais de 1600 crianças… Sagrado Coração de Jesus que tanto nos amais; fazei que eu vos ame cada vez mais!.
Cónego Francisco Couto