Neste dia 7 de Junho, na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e, como tem acontecido nos últimos anos, o Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, presidiu à Eucaristia na Catedral eborense, pelas 17 horas, que foi concelebrada pelos sacerdotes presentes e participada por muitos fiéis e devotos do Coração de Jesus. Nesta celebração participaram representantes de vários Centros Paroquiais do Apostolado da Oração espalhados pela Arquidiocese, que trouxeram os seus estandartes e insígnias.
Em Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, na celebração, que foi transmitida em direto pelos canais digitais da Arquidiocese, foram também evocados de forma especial os sacerdotes que este ano celebram os seus jubileus sacerdotais.
“Damos graças pelo nosso presbitério, por cada sacerdote, conjuntamente com os diáconos, os seminaristas e o povo santo de Deus louvamos o Senhor neste dia em que o Papa nos convida a rezar de um modo especial pelos Sacerdotes”, começou por dizer o Prelado eborense na introdução da Eucaristia, acrescentando que “com o Apostolado de Oração – Rede Mundial de Oração pelo Papa pedimos ao Senhor em Bodas de Ouro Sacerdotais pelo senhor cónego Manuel da Silva Ferreira, ordenado no dia 21 de abril de 1974, em Évora, pelo Arcebispo D. David de Sousa; e também em Bodas de Ouro pelo Cónego Manuel Maria Madureira da Silva, ordenado em 23 de junho de 1974, em Elvas, pelo saudoso senhor D. David de Sousa. Pedimos ainda em Bodas de Prata sacerdotais pelo P. Joaquim Carlos Antunes Pinheiro e pelo P. Humberto César Gonçalves Coelho, ambos ordenados em Évora, a 5 de dezembro de 1999, pelo Arcebispo D. Maurílio de Gouveia; pelo P. José Gomes de Sousa, ordenado a 5 de junho de 1999, em Madrid, pelo Cardeal D. António Maria Roco Varela; e pelo sr. P. Sezinando Alberto, ordenado a 13 de junho de 1999, em Setúbal, por D. Gilberto dos Reis”.
“Damos graças ao Senhor pelas suas vidas, pela sua vocação e ministério. Invocamos a Deus o dom da saúde, da fidelidade, da alegria e da paz espiritual. E pedimos ao Senhor da messe que envie mais operários para a sua messe, santas famílias cristãs, missionários, religiosos, sacerdotes, e vocações monásticas e contemplativas”, pediu o Prelado eborense.
À homilia, o Arcebispo de Évora começou por saudar o Cabido da Catedral e os sacerdotes que celebram as bodas jubilares. “Unidos a cada um deles na gratidão pela dádiva da sua vida, pelo seu amor à Igreja, ao serviço das paróquias e dos seminários”, saudou o Prelado eborense, cumprimentando todos, em especial aos núcleos do Apostolado da Oração na Arquidiocese de Évora.
Contextualizando a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, D. Francisco Senra Coelho recordou que na nossa Arquidiocese foi incrementada de modo intenso pelo servo P. Mateo, no pontificado de D. Manuel Mendes da Conceição Santos.
“Esta relação com o amor de Deus é muito mais do que uma devoção”, sublinhou.
“O Discípulo Amado penetra a dimensão mais profunda d’ Aquele coração que antes de ser ferido pela lança já estava aberto e comunicava vida em abundância”, explicou o Prelado, acrescentando que “o seu coração aberto assume toda a vida de Jesus, no amor agápico, que se torna forte perante todas as dificuldades. Um amor que ultrapassa a agonia”, disse.
“Na cruz, o novo Adão adormece para do seu lado nascer a sua esposa, a Igreja, a nova Eva”, referiu. “A Igreja não é um grupo de pessoas que fazem algumas atividades, mas a Igreja nasce do coração do seu Senhor, banhada na água do Baptismo, e revigorada no sangue da Eucaristia. Muito mais do que uma ONG, do que um serviço social, a Igreja é a esposa de Cristo”, afiançou.
“A nossa relação com o coração de Jesus não nos leva apenas à contemplação de um coração ferido e trespassado, para nos favorecer sentimentos de piedade e devoção, mas empenha-nos num testemunho. Aquele que viu dá testemunho. Portanto, o testemunho é uma característica fundamental da relação com o coração de Cristo. Não uma devoção paralisante, que nos torna anestesiados. O coração de Cristo aberto para amar, perdoar, acolher e solidarizar-se é a inspiração para que o nosso coração de discípulos seja semelhante ao d’Ele. Coração em diaconia, em serviço, em testemunho, em comunhão e em caridade”, apelou.
“Peçamos ao Senhor que no Seu coração nos renovemos todos os dias, que saibamos que Ele atua em nós e através de nós. Que através de nós Ele esteja presente nos contextos, nos ambientes, do nosso quotidiano. Que possamos dizer na nossa fraqueza e debilidade que tudo posso n’Aquele que me conforte”, apontou.
“Peçamos ao Senhor que através de nós Ele passe, Ele esteja, Ele seja!”, concluiu o Prelado.
No final da celebração, o Arcebispo de Évora, de joelhos diante da imagem do Sagrado Coração de Jesus, consagrou a Arquidiocese de Évora ao Santíssimo Coração de Jesus.
Texto de Pedro Miguel Conceição