A Fundação AIS está empenhada em ajudar a preservar a presença cristã na Turquia, um país especial onde, segundo a tradição, chegou a viver a Virgem Maria e para isso tem vindo a colaborar com a Igreja local. Para D. Martin Kmetec, Arcebispo de Esmirna, uma das prioridades é mesmo “manter viva a luz do Cristianismo”.

A Turquia é um país muito especial. É enorme, estende-se por dois continentes, a Europa e a Ásia, tem mais de 85 milhões de habitantes mas apenas cerca de 150 mil cristãos. No entanto, por lá andaram São Paulo e São João a pregar o Evangelho e, diz a tradição, viveu também a Virgem Maria.

Para D. Martin Kmetec, Arcebispo de Esmirna, tudo isto mostra que a Turquia é uma verdadeira “Terra Santa esquecida” que importa fazer renascer. O prelado esteve recentemente de passagem pela sede internacional da Fundação AIS, na Alemanha, e falou de alguns dos projectos que estão a ser promovidos e que visam não só a preservação de edifícios mas também, claro, a assistência à comunidade cristã.

A Arquidiocese de Esmirna é enorme. Tem aproximadamente 100 mil quilómetros quadrados, ou seja, é maior do que Portugal continental, mas abriga apenas cerca de cinco mil católicos. São, essencialmente, descendentes de italianos, franceses e outros europeus que se estabeleceram na região durante o Império Otomano. Mas a tendência é para haver cada vez menos fiéis, principalmente por causa da emigração. No entanto, nos últimos anos, a chegada de católicos oriundos de África e da Ásia tem compensado um pouco essa queda.

RECONSTRUÇÃO DE IGREJAS E APOIO A SEMINARISTAS

Mas com um número muito reduzido de fiéis, a arquidiocese não dispõe de fundos suficientes para manter todo o seu legado histórico, nomeadamente as igrejas e edifícios, o que tem transformado a ajuda da Fundação AIS numa autêntica ‘tábua de salvação’.

Nos últimos cinco anos, a fundação pontifícia já investiu quase 500 mil euros [exactamente 485 mil] em doze projectos com a Arquidiocese de Esmirna, incluindo a reconstrução de igrejas, a ajuda a refugiados cristãos e o apoio à formação de seminaristas. Estes projectos incluem, por exemplo, a reconstrução da Igreja de São Policarpo, danificada pelo terramoto de 2020, assim como a participação na restauração da igreja dominicana em Konak, outro local que também ficou danificado pelo sismo de há quatro anos.

Além disto, a ajuda da Fundação AIS tem-se materializado também no apoio de emergência para refugiados cristãos oriundos do Médio Oriente e de África, no fornecimento de materiais catequéticos e no apoio à formação de seminaristas.

Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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