A “Alentejana”, que ao longo de quatro décadas se consolidou como uma referência do ciclismo internacional, teve início no dia 20 de março em Castro Verde e promete, ao longo das cinco etapas da prova, proporcionar aos amantes do ciclismo momentos de pura adrenalina e competitividade.

Os municípios alentejanos têm, historicamente, desempenhado um papel vital na promoção e sucesso da prova. Em 2024, a CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central renovou, mais uma vez, este compromisso acentuando a importância que atribuem ao evento não apenas como uma competição desportiva, mas como uma celebração da cultura, turismo e coesão territorial.

Nesta edição, entre partidas e chegadas, a prova passa por 32 municípios com particular destaque para Castro Verde, Beja, Vidigueira, Grândola, Mourão, Reguengos de Monsaraz, Monforte, Castelo de Vide, Nisa e Évora onde, uma vez mais, a imponente Praça do Giraldo servirá de palco de consagração dos principais protagonistas da “Alentejana”.

Em ano de celebração do Cinquentenário do 25 de abril a “Volta ao Alentejo” não podia deixar de se aliar a esta importante efeméride. Se simbolicamente já evocamos a revolução sempre que a “caravana” abraça Praças e Avenidas da Liberdade, será, com a passagem em Baleizão, junto ao memorial de Catarina Eufémia e com o final de etapa na “Vila Morena” que a “Alentejana” renderá definitivamente homenagem aos ideais de Abril.

Ao longo das cinco etapas, os ciclistas irão percorrer 852,7 quilómetros, 13 prémios de montanha e 15 metas volantes, de prevista bonificação regulamentar, com elevada influência no desfecho classificativo.

A 41ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola é muito mais do que uma simples corrida; é uma experiência imersiva, permitindo que os participantes e espectadores mergulhem na rica história, cultura e gastronomia da região alentejana.

O evento conta com a presença de todas as equipas profissionais portuguesas, três equipas de clube e 6 equipas internacionais onde se destaca o regresso da Caja Rural Seguros RGA vencedora das duas últimas edições através de Orluis Aular, que ousou entrar na história da prova como único corredor a vencer duas vezes consecutivas a “Alentejana”.  

A 41ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola já começou, e a promessa é de um espetáculo único que ficará gravado na memória de todos os que participarem desta celebração do ciclismo.

Joaquim Gomes, diretor da organização, falou sobre a edição deste ano:

“Manter as quatro sub-regiões alentejanas na prova tem sido o maior desígnio. Felizmente, desde o Baixo ao Alto Alentejo, do Litoral ao Alentejo Central, a recetividade dos autarcas tem permitido apresentar um percurso equilibrado que na sua fase inicial permitirá um maior destaque aos velocistas, somente contrariados pela exigente 3ª etapa em que a travessia da Serra de S. Mamede a anteceder o difícil circuito final em Castelo de Vide dará naturalmente vantagem aos Trepadores. Será neste contexto que as bonificações poderão baralhar a atribuição de favoritismo a corredores com determinadas características podendo arrastar até Évora a discussão da Vitoria.”

Thomas Silva “subiu” à Torre de Menagem do Castelo de Beja na 1.º ETAPA – 20 de março

O corredor Uruguaio da Caja Rural/Seguros RGA aproveitou a última curva em cima do empedrado do Largo de Santo Amaro, em Beja, para nos derradeiros 350 metros materializar com uma vitória na primeira etapa da Volta ao Alentejo/ Crédito Agrícola, a supremacia que a sua equipa mostrou na estrada ao longo dos 168 quilómetros.

A imponente Torre de Menagem do Castelo de Beja “confirmou” a primeira vitória e a primeira camisola amarela enquanto profissional de Thomas Silva, que surgiu como uma flecha na inclinada reta da meta e rematou um trabalho perfeito do seu companheiro Iúri Leitão.

Alinharam à partida em Castro Verde 124 corredores em representação de dezoito equipas, tendo a etapa ficado marcada por uma fuga de nove corredores que ao quilómetro 45 tinham uma vantagem de 9´25”. Soaram os alarmes e a equipa espanhola Caja Rural Seguros RGA pegou na corrida com o objetivo de, primeiro reduzir tempo e depois nos trinta quilómetros finais, anular a escapada.

A 15 quilómetros de Beja o pelotão passou a compacto, o que servia os objetivos da Caja Rural, que tendo no dia anterior estudado a chegada, alcançou a vitória e etapa e a liderança da “Alentejana”. 

Thomas Silva mostrou-se “muito feliz pela vitória, que deu corpo ao magnifico trabalho da equipa. Se posso ganhar a volta ? Vamos dia-a-dia, mas tudo farei para isso”, rematou.

A segunda etapa, na distância de 180,9 quilómetros, tem partida de uma das capitais do vinho, no caso Vidigueira, e vai terminar na “Cidade do 25 de Abril”, Grândola, quer ao som da sempre recordada “Grândola Vila Morena” vai receber o pelotão da Volta ao Alentejo/ Crédito Agrícola.

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