Neste penúltimo dia de Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco foi a Fátima, encontrou-se com membros da Companhia de Jesus e terminou o dia a presidir a uma vigília no Campo da Graça, entre os concelhos de Lisboa e de Loures.

Segundo noticiou a Rádio Renascença, Francisco começou por falar sobre o altruísmo de partilhar a felicidade: “A alegria é missionária. Não é para guardar para si mesmo. Vocês que estão aqui, vão ficar com isto para vocês ou para levar para os outros? Claro que vão levar aos outros, porque a alegria é missionária.”

O Papa falou depois sobre as “raízes da alegria”: aqueles que nos são mais próximos e que são a base dessa alegria. “Todos tivemos pessoas que foram raios de luz: pais e avós, padres e freiras, catequistas, animadores, professores … São as raízes da nossa alegria.”

  • “A alegria não é para estar guardada a sete chaves e, por isso, devemos dar aos outros as nossas raízes de alegria.”
  • E deixa um ensinamento dos alpinistas: “O importante não é não cair, mas não ficar no chão”, disse, indicando que o “mais importante” é não deixar pelo caminho quem caiu.
  • “A única vez que devemos olhar uma pessoa de cima para baixo é a ajudá-la a levantar-se.”
  • E deixa também uma referência futebolística: “Atrás de um golo, há muito treino. Para qualquer vocação, é preciso treinar muito. E aprende-se vivendo.”
  • “Na vida, nada é grátis. Só há uma coisa grátis: o amor de Jesus”.
  •  “É preciso caminhar e treinar muito. Aprender a caminhar. Não há cursos para ensinar a caminhar, aprende-se vivendo, com os amigos. Na vida aprende-se e treima-se um caminho. Treinar todos os dias. Na vida nada é grátis, só há uma coisa grátis o amor de Jesus. Sem medo, não tenham medo.”

Após o pronunciamento do Santo Padre, seguiu a Adoração Eucarística e o silêncio tomou conta do Parque Tejo, não obstante a presença de um milhão e meio de pessoas.

Lisboa recebe desde terça-feira a primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em território português, com a presença de centenas de milhares de participantes dos cinco continentes.

Portugal é o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa.

Depois de três dias de celebrações no Parque Eduardo VII, além de iniciativas religiosas e culturais em dezenas de espaços públicos, os peregrinos da JMJ seguiram hoje para o Parque Tejo, entre os municípios de Lisboa e Loures, onde vão permanecer até à manhã de domingo.

Após pernoitarem no local, os peregrinos participam na Missa de Envio, presidida pelo Papa; antes de regressar ao Vaticano, concluindo uma visita de cinco dias a Portugal, Francisco encontra-se com os voluntários da JMJ.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

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