O Papa Francisco confessou três jovens, dois da Europa e um da América Latina, esta manhã, iniciando o terceiro dia em Portugal, no Parque do Perdão, em Belém.

“Tentei esquecer até hoje, uma noite que não consegui dormir muito”, disse Francisco, aos jornalistas, após o Sacramento da Reconciliação com o se homónimo, Papa.

O jovem espanhol explicou que foi “pela emoção e pela experiência” de estar perto do Papa, por falar com ele, “e olhar os seus olhos”.

“Foi uma emoção enorme, o coração está cheio é complicado não estar a pensar todo o tempo”, acrescentou.

O peregrino que se costuma confessar “com o diretor espiritual”, afirmou que “a confissão é sempre o que é”, e “foi só um presente confessar com o Santo Padre”.

Francisco recebeu um terço, que vai guardar “pela vida toda”, revela que vai ficar com a mensagem do Papa mas, desta quinta-feira, na celebração de acolhimento ao pontífice na JMJ Lisboa 2023: “não ter medo, e acreditar até ao fim, ser valente, acreditar no Evangelho e na Igreja Católica”.

“Somos latinos”, salientou Yesvi, da Guatemala, destacando “um abraço” com o Papa argentino, e partilhando que quando recebeu a informação que se ia confessar ao bispo de Roma disse que “primeiro tinha de pensar”, porque é “voluntária”.

De Itália, com 19 anos de idade, o jovem Samuel, confessou ter sido “uma bela experiência”, ao contrário do jovem espanhol dormiu a noite toda e revelou que estava tranquilo, o que não aconteceu no início daquele momento.

O terceiro dia de viagem de Francisco, para presidir à Jornada Mundial da Juventude em Portugal, começou no Parque do Perdão, inserido na Cidade da Alegria da JMJ Lisboa 2023, em Belém.

Em Belém, o confessionário para o Papa foi preparado para o receber, com uma cadeira branca e um percurso para se deslocar de cadeira de rodas, mas Francisco optou por usar outro confessionário.

Acolhido por centenas de jovens, com o grito “Esta es la juventud del Papa”, Francisco chegou em carro fechado, pelas 09h08, ao Jardim Vasco da Gama, em Lisboa, em carro fechado, do qual saiu numa cadeira de rodas.

Os 150 confessionários foram construídos por reclusos portugueses de três Estabelecimentos Prisionais de três regiões de Portugal: Coimbra, Paços de Ferreira e Porto; a construção dos confessionários foi um serviço remunerado que valoriza o trabalho realizado pelos reclusos e contribui para a sua reinserção na sociedade.

No Parque do Perdão, a JMJ propõe um espaço onde “os peregrinos podem fazer um encontro com o Cristo Misericordioso através do Sacramento da Reconciliação”, entre os dias 1 a 4 de agosto de 2023, das 10h00 às 18h00.

Depois o Papa seguiu para o Bairro da Serafina, para um encontro com representantes de centros de assistência sociocaritativa,  no Centro Paroquial.

O diretor do Centro Paroquial da Serafina, cónego Francisco Crespo, disse esperar que a JMJ 2023 possa inspirar iniciativas de ação social.

“O lema desta Jornada Mundial da Juventude diz-nos que ‘“Maria saiu apressadamente’. Que esta seja a hora de Graça que nos alente numa pressa boa para podermos, a exemplo de Maria, levar a todos a alegria”, declarou o pároco, que recebeu a visita do Papa Francisco, esta manhã.

O responsável deste recordou a história desta instituição e o impacto que teve, sobre si, a dimensão da “manifestação de pobreza, mas sobretudo o olhar triste e vazio dos idosos sentados nas ruas”.

“Hoje, o Centro Social Paroquial de São Vicente de Paulo, tem uma estrutura, com capacidade para atender na globalidade quase 800 utentes e dando trabalho a mais de 170 funcionários, com uma oferta de serviços bastante variada”, indicou.

“A vida desta gente melhorou, mas há ainda tanto que fazer”, acrescentou, após mais de 40 anos de trabalho neste bairro.

Os responsáveis da Associação “Ajuda de Berço” apresentaram ao Papa o trabalho desta casa de acolhimento para crianças abandonadas ou em risco, agradecendo a Francisco pelo seu posicionamento em “defesa da vida”.

“Até hoje, já acolhemos 452 crianças que depois de viverem connosco encontraram um projeto de vida seguro e definitivo. Para uns foi o regresso à família, para outros, a adoção ou outras casas de acolhimento. Duas delas acompanham-nos do Céu”, referiu o testemunho apresentado ao Papa.

O terceiro testemunho veio da “Acreditar”, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro: “A nossa missão é estar com todas as crianças e jovens, procurando que o cancro nunca os defina e que a evolução da cura e a melhor qualidade de vida sejam uma realidade”.

Fonte: Agência Ecclesia

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