O Estudo de Viabilidade Financeira para a Implementação de Transportes Públicos na Cidade de Reguengos de Monsaraz e o Plano de Salvaguarda da Biodiversidade e Desenvolvimento Rural do Concelho de Reguengos de Monsaraz foram apresentados ontem aos parceiros no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Reguengos de Monsaraz. Na apresentação estiveram representadas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, o Esporão, a CARMIM, a CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, a Universidade Aberta, a Universidade de Évora, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Agrupamento de Escolas de Reguengos de Monsaraz.

O Estudo de Viabilidade Financeira para a Implementação de Transportes Públicos na Cidade de Reguengos de Monsaraz teve como base a avaliação estatística ao inquérito que foi efetuado com uma amostragem equivalente à população da cidade e um grau de confiança de 95 por cento. Através deste ponto de partida foram estudadas possíveis rotas, análise à população, preço dos bilhetes, tipo de viatura, organização do serviço e custos fixos que permitem avaliar os custos e os benefícios de vários cenários.

O executivo municipal apresentou à população a realização deste estudo como fundamental para a tomada de decisão para aquela que poderá ser uma das respostas para a mobilidade dentro da cidade. Reguengos de Monsaraz tem uma deficitária oferta de estacionamento no centro da localidade, quer para moradores quer para os utilizadores dos serviços e do comércio local, pelo que para além da criação de novas bolsas de estacionamento poderá ser importante a implementação de uma rede de transporte público que leve os munícipes que residem nas áreas habitacionais até às escolas, instituições bancárias, centro de saúde, mercado municipal, repartição de finanças, câmara municipal, junta de freguesia, zona industrial e grandes superfícies comerciais.

Marta Prates, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, refere que “uma proposta séria, neste âmbito, a apresentar aos reguenguenses só poderá ser feita com base no estudo económico custo/benefício com dados robustos do investimento a fazer e dos custos fixos associados, de modo a que o dinheiro de todos os cidadãos possa ser convenientemente aplicado e não o contrário, ou seja, avançar com o projeto e só depois analisar os custos de manutenção e a sua viabilidade”.

O Plano de Salvaguarda da Biodiversidade de Reguengos de Monsaraz faz uma perfeita caraterização do capital natural do concelho relativamente a espécies e habitats, permitindo conhecer todo o património natural e o seu potencial no desenvolvimento da economia local. O documento que foi apresentado indica também medidas para a proteção, conservação e restauro de ecossistemas com o objetivo de promover o aumento de riqueza e uma gestão sustentável do território.

Com base neste plano foram identificados hotspots com grande valor natural que vão permitir apresentar aos investidores neste território possibilidades de investimento na bioeconomia circular, em turismo na natureza e na criação de rotas de observação da natureza, aves e fauna, algumas que só são possíveis ver nesta região em toda a Península Ibérica. Para Marta Prates, “o plano de salvaguarda é uma fantástica base de reconhecimento do valor do património natural do concelho e proporcionará a introdução de políticas de regeneração ambiental, algumas já mesmo dentro do próprio município, e ações concretas de sensibilização que permitirão primeiro uma apropriação de todos os reguenguenses ao nosso território e a tudo o que ele tem para nos dar e em segundo a implementação de melhores modelos de sustentabilidade do concelho. Um plano extremamente desafiante”.

O Estudo de Viabilidade Financeira para a Implementação de Transportes Públicos na Cidade de Reguengos de Monsaraz e o Plano de Salvaguarda da Biodiversidade e Desenvolvimento Rural do Concelho de Reguengos de Monsaraz fazem parte do projeto Rurbanlink e vão ter uma apresentação pública à população a partir de setembro para que seja envolvida nestas decisões municipais.

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