Nos dias 24 e 26 de junho realizaram-se reuniões dos Conselhos Pastoral e Presbiteral (na foto) da Arquidiocese de Évora, respetivamente. Partilhamos os ecos dos trabalhos desenvolvidos, que procuraram preparar o Plano Pastoral para o Biénio 2023-2025 a caminho do Jubileu do Ano 2025, que tem como tema "Peregrinos da Esperança".
Conselho Pastoral Diocesano
No passado dia 24 de Junho realizou-se, no Seminário Maior de Évora, a segunda Reunião Ordinária anual do Conselho Pastoral Diocesano (CPD), presidida pelo Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, e com a participação de uma dúzia de membros.
A reunião iniciou com a oração da Hora Intermédia e com umas palavras de saudação pelo Prelado. Referindo o momento doloroso pelo qual a Igreja está a passar, D. Francisco Senra Coelho recordou a relevância de algumas importantes linhas pastorais a desenvolver, entre as quais destacou: a) uma pastoral juvenil melhor adaptada e em continuidade com o entusiasmo e dinamismo da Jornada Mundial da Juventude 2023; b) uma vida eclesial alimentada eucaristicamente para uma profunda vivência tanto do V Congresso Eucarístico Nacional (a ter lugar em Braga entre os dias 31 de Maio e 2 de Junho de 2024) como do Congresso Eucarístico Internacional (a ocorrer no Equador, entre os dias 8 e 15 de Setembro de 2024); c) uma preparação cuidada para a vivência do Ano Santo 2025, proposto pelo Papa Francisco e enquanto meta dos primeiros vinte e cinco anos do século XXI.
Após a leitura, comentário e aprovação da Acta da reunião anterior, seguiu-se uma Avaliação geral do Ano Pastoral 2022-2023, na qual cada membro partilhou, de modo sintético, a sua apreciação do presente Ano Pastoral. Destacou-se a generosa e sempre muito dedicada presença e envolvência do Arcebispo na vida das comunidades e ressaltou-se que o ano da pós-pandemia originou, por parte de alguns grupos, um doloroso descentramento e paragem de muitas actividades pastorais. Neste contexto, sublinhou-se que as Paróquias deveriam planificar as suas actividades em estreito paralelo com toda a Diocese. Contudo, e infelizmente, ainda existem algumas que não o fazem. Concluiu-se, pois, que se deverá crescer numa maior interparoquialidade, pela qual se possa contar mais com a participação e envolvimento das paróquias sustentadas por um maior sentido de responsabilidade e valorização do convívio entre todas. Ainda neste ponto, e em contexto de comentário à realização das próximas Jornadas Mundiais da Juventude, em Portugal, referiu-se o surgimento de 17 grupos COP’s (Comités Organizadores Paroquiais) que têm manifestado o fruto do seu muito trabalho e envolvência. A propósito, o Arcebispo de Évora informou que está a ser elaborado um plano de formação para leigos e do qual poderão vir a brotar os ministérios instituídos, entre os quais alguns no âmbito da pastoral da saúde. Nesta mesma ocasião, o Prelado informou os presentes que se está a proceder à revisão dos Estatutos do Conselho Pastoral Diocesano, de modo a abranger um maior número de leigos.
A reunião prosseguiu com a apresentação pelo Cón. Mário Tavares de Oliveira das notas centrais com vista à elaboração do Plano Pastoral para o Biénio 2023-2025, de modo a se poder também envolver a realização do Ano Santo 2025. Deste modo, destacou as linhas programáticas que resultam de uma atenção à realidade da nossa Igreja local e em comunhão com a Igreja Universal.
Após a apresentação do documento decorreu um momento de intervenções livres e da apresentação de sugestões para a elaboração do Plano Pastoral do próximo ano.
Numa palavra final ao Conselho Pastoral Diocesano o D. Francisco Senra Coelho salientou a criação necessária de bons agentes pastorais e o dever de nos mantermos em sintonia com o Santo Padre que tencionou dedicar o ano 2024 a uma grande "sinfonia de oração”, convidando a Igreja a viver um ano intenso de intimidade com Deus, em que os corações se abram para receber a abundância da graça, fazendo do “Pai Nosso” o programa de catequese e de vida de todos os que seguem a Cristo. Destacou, portanto, o Prelado que o Ano Santo - por ocasião do Jubileu de 2025 e que terá como lema Peregrinos da Esperança - será assim precedido de um ano dedicado à oração e com a qual terminou a reunião.
Teresa Costa Pereira
Conselho Presbiteral
O Conselho de Presbíteros, órgão consultivo do Arcebispo para as grandes questões pastorais e de governo da Arquidiocese, reuniu-se no passado dia 26, em mais uma sessão ordinária. Neste Conselho têm assento os representantes dos presbíteros escolhidos nas Vigararias, bem como alguns elementos que ocupam o lugar por inerência de cargo ou ainda alguns por indicação expressa do Arcebispo.
O grande tema em discussão seria a apresentação das linhas fundamentais que irão nortear o próximo Ano Pastoral. Depois dum quadriénio sobre a Esperança, o Conselho Permanente apresentou a proposta dum Plano Pastoral para dois anos que terá em conta a continuidade do caminho realizado nos anos transactos, mas ao mesmo tempo, pretenda acolher alguns novos desafios considerados mais prementes.
A grande preocupação do novo Plano Pastoral será a revitalização das comunidades cristãs depois dum largo tempo de pandemia que deixou as comunidades mais frágeis e à procura de novos caminhos reconfiguradores. Para alcançar este propósito, o Plano prevê alguns parâmetros fundamentais: 1. Revalorizar a Eucaristia como coração da comunidade donde parte toda a riqueza que constitui a experiência cristã, com os seus serviços e ministérios; 2. Potenciar o dinamismo da Jornada Mundial da Juventude, estruturando de forma orgânica a Pastoral Juvenil da Diocese a partir dos jovens mais comprometidos com o ideal cristão; 3. Aprofundar a proposta vocacional que os Bispos do Sul apresentaram às Dioceses de Évora, Beja e Faro; 4. Dinamizar o laicado através duma proposta de caminhada que leve a uma corresponsabilidade mais efectiva para uma Igreja mais sinodal.
No próximo dia 5 de Outubro, Dia da Igreja Diocesana, será apresentado o novo Plano Pastoral na íntegra a toda a Arquidiocese.
Após a apresentação e debate sobre as linhas fundamentais do próximo Ano Pastoral, o ecónomo da Diocese apresentou as contas relativas ao exercício do ano 2022, tendo-se verificado um equilíbrio financeiro saudável na maioria dos sectores da vida diocesana.
Cón. Mário Tavares de Oliveira