O Corpo Nacional de Escutas celebrou, no dia 27 de Maio, os 100 anos da sua fundação. 
Foi neste mesmo dia, mas do ano de 1923 que o Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e o Dr. Avelino Gonçalves lançaram a primeira pedra na cidade de Braga. A inspiração para a criação do movimento em Portugal teve-a em Roma, algum tempo antes, ao participar no Congresso Eucarístico e ao ver desfilar um grupo de escuteiros. Ao regressar a casa reuniu um grupo de adultos e disse-lhes: “porque não fundamos o movimento aqui”, num reconhecimento do seu método eficaz para a educação da juventude.
O CNE não parou de fazer o seu caminho enfrentando por vezes forte oposição exterior por razões políticas. Hoje está instalado em todas as dioceses (existem também agrupamentos fora do país), em cerca de 1100 agrupamentos, com um efectivo actual de mais de 67 mil escuteiros, tendo perdido efectivo durante a pandemia. 
Segundo declarações do Chefe Nacional Ivo Faria na Rádio Renascença, um dos segredos do sucesso do escutismo está no facto de “serem os jovens a escolherem o seu caminho e a decidirem o que querem fazer, sendo o próprio jovem o principal motor de crescimento e do desenvolvimento das suas actividades”.
Continua este movimento eclesial fiel ao projecto educativo do fundador Baden Powell: contribuir para a educação integral dos jovens fazendo deles pessoas felizes e construtores de um mundo melhor. Ontem como hoje, define-se como movimento da Igreja Católica, vivendo e testemunhando os valores do Evangelho, levando a que os seus jovens cresçam procurando chegar a serem homens novos à imagem de Jesus Cristo.
São várias as iniciativas a decorrer ao longo do ano. Destaca-se a Festa do Centenário que decorreu, em Braga, nos dias 27 e 28 de Maio, na qual marcaram a sua presença 22 mil escuteiros vindos de todo o país. A Região de Évora também se fez presente com mais de 350 escuteiros.
Na homilia da eucaristia, o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, apresentou como símbolo um barco, no qual “está a nossa vida”, referindo que “cada um de nós está a navegar em alto mar” e logo surgirão “as tempestades e os ventos contrários”. “O Corpo Nacional de Escutas tem como grande trunfo a sua intergeracionalidade interna”, afirma, mas questiona ao mesmo tempo: “os nossos dirigentes ainda sonham? Os nossos jovens escuteiros desejam transformar o mundo à luz do evangelho?”. Não basta sonhar, mas o decisivo é “dar vida aos nossos sonhos”, e construir o sonho de Jesus Cristo, que é o “salva-vidas” no meio das tempestades.
A Junta Regional de Évora – CNE rejubila com esta data tão significativa e manifesta votos de que o movimento escutista não pare nunca, pois a sua missão continua a fazer a diferença na educação integral dos jovens.

A.R.

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