A Direção do Centro Social Nossa Senhora Auxiliadora, com sede em Évora, acaba de divulgar pelas redações uma nota de imprensa sobre um ex-utente que foi notícia no início da semana.
“A estação de televisão TVI exibiu no passado dia 9 de Janeiro, durante a emissão do “Jornal das 8”, uma reportagem sobre o tratamento dado por este Centro a um seu ex-utente e em que eram propalados atos de discriminação e de maus-tratos de que aquele teria sido alegadamente vítima durante a sua estadia na Instituição”, começa por contextualizar a nota de imprensa.
Para que os nossos leitores possam ter mais elementos sobre o caso, publicamos na íntegra a nota de imprensa da Direção do Centro Social Nossa Senhora Auxiliadora:
“O tom difamatório utilizado pela jornalista e pelos entrevistados no referido programa, sem direito a contraditório da nossa parte, como é da observância das mais elementares regras do jornalismo e da conduta ética que é suposto observar, tornam imperiosa a emissão desta “Nota de Imprensa”, que pretende contextualizar o que verdadeiramente sucedeu e repor, na medida do possível, a verdade dos factos. Assim:
- O ex-utente Sr. Joaquim José Lopes Pereira foi admitido a pedido do Segurança Social, no âmbito da gestão de vagas diretas ao abrigo do estabelecido no Acordo de Cooperação para o Sector Social e Cooperativo, no dia 5 de Abril de 2022, na ERPI – Estrutura Residencial para Pessoas Idosas do CSNSA – Centro Social Nossa Senhora Auxiliadora, por um período temporário e com carácter de urgência;
- O referido Sr. Joaquim Pereira deu entrada no CSNSA porque a família não o quis receber. Dada a urgência que a Segurança Social pôs na sua admissão, foi necessário transformar uma vaga feminina em masculina, a fim de se poder dar resposta afirmativa ao pedido que era feito. E assim aconteceu.
- Entretanto, só após a entrada do novo utente Joaquim Pereira na ERPI do CSNSA, foi dado a conhecer, pela Segurança Social, o seu “Relatório Social” onde vinham mencionadas algumas das suas patologias, o que motivou a que, durante os primeiros dias da sua estadia, fossem postas em prática medidas de prevenção;
- Já com acesso à guia terapêutica, o senhor Joaquim Pereira foi de imediato avaliado pelo médico da Instituição e, a partir desse momento, as medidas de prevenção foram levantadas, passando o utente a ser tratado, ao fim dos três dias em que vigoraram as medidas, da mesma forma que todos os restantes utentes da ERPI;
- Já em Agosto de 2022 o Sr. Joaquim Pereira tinha manifestado vontade de abandonar o CSNSA, conforme consta de documento por ele subscrito. Constatando-se que não tinha familiares que o quisessem receber, foi aconselhado a permanecer na Instituição por mais algum tempo;
- Permaneceu na Instituição até ao dia 17 de Novembro de 2022, data em que, por vontade própria, reduzida novamente a escrito, decidiu sair do CSNSA. No dia da sua saída houve ainda intervenção por parte de um senhor agente da GNR, na tentativa de o convencer a permanecer na instituição;
- Durante toda a sua estadia, o senhor Joaquim Pereira foi tratado com observância das regras e procedimentos vigentes para a generalidade dos utentes residentes e, ainda, de acordo com as suas necessidades pessoais, em conformidade com as informações constantes do relatório social;
- Todo o processo referente ao senhor Joaquim Pereira, desde o momento da sua entrada na Instituição até à sua saída voluntária, foi acompanhado de perto pelo Núcleo de Respostas Sociais – Unidade de Desenvolvimento Social, do Centro Distrital de Évora da Segurança Social;
- A Direção do CSNSA, no exercício das suas prerrogativas e competências, manifesta a sua determinação em continuar a assegurar, dentro do quadro legal, a defesa intransigente pelo respeito, credibilidade e prestígio da Instituição, bem como, dar resposta às necessidades dos seus utentes e trabalhadores, afinal a sua razão de ser, não pactuando jamais com atitudes que ponham em causa estes princípios e valores;
10. Por fim, a Direção do CSNSA quer expressar a sua inteira solidariedade com a Diretora Técnica da Instituição e reafirmar a sua total confiança no desempenho das suas funções e, em particular, na sua atuação no caso vertente.
P.S. – Tendo em conta a legislação vigente ao nível da proteção de dados, não estamos autorizados pelos nossos utentes a fornecer dados e informação de carácter pessoal, no respeito pela respetiva privacidade.
Évora, 11 de Janeiro de 2023
A Direção”