O nascimento de Jesus traz a mensagem da preciosidade da vida humana

O Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, presidiu à tradicional Missa da Vigília, pelas 23h de 24 de dezembro, na Igreja da Sagrada Família, Paróquia Senhora da Saúde, na cidade de Évora.

Com o templo moderno completamente repleto de fiéis, entre os quais muitos jovens, o Prelado eborense lembrou durante a homilia, que “Jesus nasceu para nos acompanhar, de facto é isso que significa ‘Emanuel, Deus connosco’. Com o nascimento de Seu Filho, Deus torna-se um connosco, libertando a Humanidade do pecado e da morte, com a Sua paixão, morte e ressurreição. É n’Ele que a Humanidade se renova ao preencher-se de eternidade. O nascimento de Jesus traz a mensagem da preciosidade da vida humana, a qual vale Deus.”

Citando o insigne Teólogo dos séculos II e III, Santo Irineu de Lion, D. Francisco Senra Coelho recordava “que aos olhos de Deus, todos somos recém-nascidos, somos filhos e filhas acabados de nascer.” Neste contexto salvífico, como dizia S. João Paulo II (NMI,30-31), ‘seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial.”

Lembrando que ao faltar pouco mais de 200 dias para as Jornadas Mundiais da Juventude, o Arcebispo de Évora afirmou que “caminhar para as JMJ é caminhar para Belém, a fim de melhor ver, conhecer e experimentar Aquele que mudou os rumos da História da Humanidade e pode mudar o rumo da nossa história pessoal, pois para além de ter entrado na História da Humanidade, Ele deseja muito partilhar da nossa liberdade e entrar na nossa história pessoal.”

Já no dia 25 de dezembro, o Arcebispo de Évora presidiu à Eucaristia do Dia de Natal, na Igreja renascentista do Mosteiro Scala Coeli, antiga Cartuxa de Évora.

O Canto Gregoriano (Missa de Angelis) foi executado pelas sete Irmãs de Clausura ali residentes. Durante a homilia, D. Francisco José Senra Coelho referiu-se à Revelação que Deus foi fazendo de Si mesmo ao longo da História da Salvação, inserindo a leitura evangélica do Prólogo de São João na plenitude desta Revelação. O Prelado apelou a que cada Cristão vá descobrindo o rosto misericordioso e libertador de Deus nas suas vidas e dê lugar a Cristo, para que Ele se revele na vida quotidiana de cada um de nós, a tantos que O procuram, mesmo sem saberem que é Ele a Água-Viva para a sua sede.

O Presidente da Assembleia Litúrgica traduziu esta possibilidade de Jesus se revelar nas nossas vidas feitas testemunho, se de facto cada um de nós olhar para os Irmãos como Cristo olha e se vir nas necessidades manifestas no olhar dos Irmãos, os apelos do próprio Cristo. “Neste encontro de olhares e dádiva de vida, acontece o Natal do Bom Samaritano e revela-se a beleza do Amor de Deus”. No ambiente desta igreja cartusiana, o Arcebispo de Évora renovou o apelo a que sejamos todos contemplativos na ação, pois como lembrou São Paulo VI, os Cristãos do século XXI serão contemplativos ou não serão.

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