Dia de Descanso para o pelotão é sinónimo de cicloturismo para os amantes da bicicleta e da Volta a Portugal. Desta vez a Etapa da Volta Brisa RTP aconteceu em Viseu com 850 bicicletas. O trajeto de 73 quilómetros e a dureza das subidas não demoveram o entusiasmo das centenas de participantes que experenciaram as sensações vividas pelos ciclistas do pelotão profissional numa etapa da Volta.
Às 10h00, estavam todos na linha de partida com grande expectativa para desfrutar de uma boa jornada de ciclismo, aproveitando as belíssimas paisagens viseenses. À chegada, todos tiveram direito a medalha e a boa disposição era geral, apesar do cansaço visível em muitos rostos. A jornada prosseguiu à mesa onde as conversas foram dominadas pelas peripécias e dificuldades do percurso e pelo calor que sempre os acompanhou.
Nuno Torres foi o primeiro corredor a passar na meta com o registo de 2h50m44s. “Foi um percurso bonito, havia pouco terreno para rolar e era sempre a subir ou a descer. Este evento é muito bom para a modalidade, promove muito o nosso desporto favorito e sempre que posso envolvo-me em tudo o que tenha a ver com ciclismo . No próximo ano quero repetir com toda a certeza”.
Na categoria feminina, Beatriz Roxo, atleta da Seleção Nacional de ciclismo, não quis deixar de comparecer à 15ª Etapa da Volta Brisa RTP, mesmo se o ritmo que a diferencia das demais seja grande. A mediatização do evento chamou mais alto e foi com facilidade que se exibiu na meta como vencedora. Roxo ficou surpreendida com o número de inscritos. “Nunca tinha estado numa corrida com tantos participantes! Foi muito bom, um tempo bem passado com tanta gente”!
Sobre as dificuldades do percurso disse a sorrir que foi um “rompe-pernas total, com muito sobe e desce, mas típico nesta região. Sabia que a última subida era bastante dura, pela sua inclinação e distância. A segunda classificada estava à minha frente na parte da subida, mas mantive a situação controlada, porque sabia que teria uma parte que se adequava mais a mim”.


Volta regressa à Mealhada 44 anos depois e estreia Observatório de Vila Nova (Miranda do Corvo)


Com o adeus a Viseu e a certeza de voltar nos próximos anos (início de Volta em 2023 e final em 2024), atendendo ao acordo anunciado ontem entre a autarquia e a organização do evento, a 83ª Volta a Portugal Continente regressa esta quarta-feira à estrada com a quinta etapa que vai começar na Mealhada às 12h45. É um regresso há muito esperado porque há 44 anos que a cidade não vê começar uma tirada da Volta. A última vez foi em 1978 na 40ª edição quando liderava Alexandre Ruas (Águias de Alpiarça), hoje um dos ilustres motoristas desta Volta, responsável por conduzir um dos carros de convidados.
A chegada a Miranda do Corvo será um inédito final de etapa. Todos os anos a organização da Volta revela alguma surpresa e desta vez está reservada para a parte final do dia com a chegada ao Observatório do Parque Eólico de Vila Nova.
Será um final exigente que vai proporcionar uma subida na Serra da Lousã com cerca de dez quilómetros e uma pendente média de 9% que culminará, cerca das 17h30, com contagem de montanha de 1ª categoria.
O uruguaio Maurício Moreira parte para a segunda fase da prova de Amarelo Continente com 30 segundos de vantagem sobre o companheiro Frederico Figueiredo, ambos da Glassdrive-Q8-Anicolor. Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), a 31 segundos, é o terceiro classificado. Moreira continua também a liderar na montanha, tendo a Camisola das Bolinhas Europcar. O único bi-vencedor desta edição da Volta até ao momento, João Matias (Tavfer – Mortágua – Ovos Matinados), é o detentor da Camisola Verde Rubigás por liderar a classificação dos pontos enquanto o espanhol Jokin Murguialday (Caja Rural – Seguros RGA) mantém a Camisola Branca da Juventude Jogos Santa Casa.

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