Longe vão os tempos em que o Líbano era falado como a Suíça do Oriente. Nos últimos anos, o país vive mergulhado numa profunda crise política, financeira e económica que tem arrastado a esmagadora maioria da sua população para a pobreza.
Com uma inflação galopante, apenas comparável à de países como a Venezuela, o Líbano quase que está em colapso, após a moeda já ter perdido cerca de noventa por cento do seu valor, reduzindo a cinzas as poupanças das famílias, invisibilizando a compra de combustíveis, o fornecimento de electricidade, até a importação de alimentos ou medicamentos. Calcula-se que, hoje em dia, cerca de três quartos dos libaneses vivem na pobreza.
A diocese Maronita de Baalbek é uma das mais pobres do país. Nesta região, onde os Cristãos são uma minoria, a pobreza era já comum antes de a crise se ter abatido sobre o país. Mas agora, tudo parece estar muito pior. Com o salário mínimo a equivaler a menos de vinte euros por mês, a compra de alimentos, o pagamento das rendas das casas ou a aquisição de medicamentos são uma dor de cabeça para a maioria das famílias.
Neste contexto particularmente difícil e dramático, a diocese tem vindo a tentar ajudar as famílias mais pobres das paróquias, providenciando pacotes alimentares para o dia-a-dia, e pediu apoio à Fundação AIS para que esta solidariedade possa prolongar-se no tempo.
Para isso, a Fundação AIS lançou uma campanha destinada a alimentar as 500 famílias mais pobres da diocese de Baalbek, dando-se prioridade às mais numerosas, as que têm muitas crianças, ou que têm idosos e doentes a se cargo.
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS