Vinte e cinco pessoas foram acusadas pelo procurador-geral do Sri Lanka como responsáveis pelos ataques terroristas do Domingo de Páscoa de 2019 que causaram 269 mortos em três igrejas e também em três estabelecimentos de hotelaria.

Os ataques, a 21 de Abril desse ano, foram executados por terroristas ligados ao Daesh, o auto-proclamado Estado Islâmico, e, segundo investigações em curso, terão tido a conivência de elementos dos próprios serviços secretos do país, situação que a Igreja Católica tem pedido para ser apurada com toda a profundidade.

Ainda no passado dia 13 de Julho, a Igreja Católica fez chegar uma carta a Gotabaya Rajapaksa, presidente do Sri Lanka, pedindo-lhe para investigar este assunto.

A suspeita é de enorme gravidade. Na carta, o Comité criado para dar assistência às famílias das vítimas – e que é liderado pelo cardeal Malcolm Randjith –, exorta-o a tomar medidas legais contra o ex-presidente Maithripala Sirisena – Chefe de Estado na altura dos atentados –, por não ter agido de acordo com as informações recebidas pelos serviços secretos de alguns países e que apontavam para a iminência de um atentado terrorista.

O Comité da Igreja pediu também que o antigo primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, fosse investigado pela forma como as autoridades lidaram com a ameaça do “extremismo islâmico”. O inspector-geral da polícia também poderá vir a ser processado por negligência.

A Igreja tem exigido desde o primeiro momento o apuramento total das responsabilidades. Em Março do ano passado, o Cardeal Malcolm Ranjith afirmava que a Igreja estava até na disposição de promover manifestações de rua se as autoridades não assumissem todas as responsabilidades relacionadas com os mortíferos atentados bombistas da Páscoa de 2019.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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