Tem 24 anos, já fez os votos temporários e prepara-se agora para um ‘sim’ definitivo à vida na Igreja. A Irmã Maria Augustina é uma das vinte religiosas da congregação de Jesus, Verbo e Vítima. “Agradeço a Deus por me ter permitido ser membro desta congregação, e rezo todos os dias para ser fiel até ao fim da minha vida.”

Fundada em 1961 no Peru, esta congregação missionária é muito especial.

Estas corajosas irmãs dedicam-se a ir até aos lugares onde normalmente mais ninguém vai, onde há escassez de sacerdotes, onde estão as pessoas mais esquecidas pela sociedade, onde muitas vezes vivem apenas algumas famílias quase completamente isoladas.

É junto dos mais pobres e marginalizados, muitas vezes no alto de montanhas ásperas, em lugares remotos, que elas cumprem a sua missão. Uma missão que é apoiada directamente pela Fundação AIS. A Irmã Maria Augustina é uma das mais de 400 religiosas desta congregação que se espalhou já por vários países da América Latina. A Argentina é um deles.

O oitavo maior país do mundo é também um dos que atravessa uma das maiores crises económicas da actualidade. A pobreza está a aumentar de forma assustadora. Em 2019, antes do impacto da pandemia do coronavírus, cerca de 40% dos seus 44 milhões de habitantes já estavam classificados como sendo “pobres”. O Covid19 agravou este cenário. É pois num país em crise que as vinte missionárias de Jesus, Verbo e Vítima trabalham todos os dias.

A Irmã Maria Augustina está preparada sempre para partir. Ela e as outras religiosas fazem-se ao caminho mesmo quando quase não há estradas, quando há apenas veredas, quando é preciso ir a pé. Diz-se muitas vezes que a missão destas irmãs só começa quando acaba a estrada e isto não é propriamente um mito…

A crise provocada pela pandemia do coronavírus atingiu também a Igreja. Atingiu também a vida das congregações religiosas. No ano passado, a situação das irmãs de Jesus, Verbo e Vítima, era “muito, muito difícil”, como relataram à Fundação AIS. Os tempos continuam duros. A tal ponto que as irmãs deixaram, durante algum tempo, de poder aceitar jovens que desejavam ingressar também na comunidade.

Perante esta situação, as irmãs pediram o apoio da Fundação AIS. Graças à generosidade dos benfeitores da instituição, foi possível canalizar uma ajuda de emergência para esta congregação, permitindo que o processo de formação das irmãs mais novas prosseguisse e aliviando as dificuldades do dia-a-dia de toda a comunidade.

A Irmã Maria Augustina fala de um tempo difícil mas sedutor. “Estes são os momentos em que podemos realmente mostrar o nosso amor pelo nosso noivo crucificado e por Deus. Hoje, neste momento, a Igreja precisa de nós mais do que nunca, pois os homens afastaram-se de Deus e a Igreja é atacada tão brutalmente…”

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Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal

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