No pretérito dia 12, reuniu-se o Conselho de Presbíteros da Arquidiocese de Évora. Este órgão, representativo do clero diocesano, é um conselho consultivo do Arcebispo para as grandes opções da Pastoral e do governo da Diocese.
No início dos trabalhos, foi eleito o novo Conselho Permanente que ficaria composto pelos presbíteros Mário Tavares de Oliveira, Secretário, Carlos Manuel Cardoso de Melo e Fernando Lopes, vogais, para o próximo triénio.
A reunião do Conselho de Presbíteros tinha como objectivo maior a apresentação e discussão das ideias fundamentais para o Plano Pastoral 2021/22, inserido no quadriénio 2019/23 sobre a Esperança. Coube ao padre Mário de Oliveira a apresentação do texto que serviu de base para a partilha de ideias sobre o tema “Cuidar e inserir os Sedentos de Esperança”. A riqueza da partilha e a oportunidade das reflexões dos presbíteros presentes são sinal da importância do tema pastoral para o próximo ano.
Os rostos da sociedade de cada época devem suscitar novas configurações das comunidades cristãs como forma de responder aos novos desafios de cada tempo. Estes revestem-se de grandes e graves questões perante as quais a Igreja não pode ficar indiferente. Procurar as respostas adequadas ao tempo presente deverá ser uma preocupação permanente e foi com este propósito que o Conselho de Presbíteros se demorou numa partilha rica de inquietações e sugestões de novas vias pastorais para o próximo ano.
As ideias saídas deste Conselho serão tidas em conta na elaboração e apresentação do novo Plano Pastoral na Jornada do Clero que ocorrerá na primeira quinzena de Setembro e, em definitivo, no Dia da Igreja Diocesana, a 5 de Outubro. Neste esforço, serão tidas em conta também, as ideias do Conselho Pastoral onde os leigos foram chamados a pronunciar-se sobre o mesmo Plano Pastoral.
O caminho da Igreja, ao longo dos séculos, é um forte testemunho de “cuidar e inserir” os mais frágeis e débeis. Hoje, é um imperativo a fidelidade a esse testemunho que faz da Igreja um parceiro essencial nas respostas sociais do nosso tempo. Para além da consolidação das instituições de solidariedade social da Igreja ou de inspiração cristã, hoje há novos rostos de fragilidade, novas formas de pobreza e de conjunturas inesperadas que reclamam respostas por parte das comunidades cristãs. A estas questões estará atento o Plano Pastoral do próximo ano 2021/22.
O Conselho de Presbíteros daria o seu aval aos novos Estatutos dos Conselhos Económicos das paróquias que poderão ter também um perfil de Conselhos interparoquiais onde as situações concretas o aconselhem. Foram ainda apresentadas ao Conselho as contas relativas ao exercício do ano 2020 que reflectem as dificuldades vividas em plena pandemia.
Encorajadoras seriam as palavras do Arcebispo, que sublinhando a resiliência dos pastores e das comunidades em tempo de pandemia, procuraram incentivar os necessários esforços para a missão da Igreja diocesana nos actuais cenários. São muitos os que dependem da missão da Igreja diocesana e confiam nos braços abertos das comunidades com seus pastores e fiéis. A cultura do “cuidar e inserir”, inspirada nas grandes acções de Jesus, estará no coração das comunidades e servirá de inspiração ao novo Plano Pastoral.