“O Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo [RLRM], da Fundação AIS, é um documento fundamental que deve ser objecto da nossa leitura, da nossa atenção”, diz Guilherme d’Oliveira Martins. O administrador da Fundação Calouste Gulbenkian e figura maior da cultura portuguesa vai ser este ano o responsável pela apresentação pública deste Relatório, numa sessão que vai decorrer de forma virtual na próxima terça-feira, dia 20 de Abril, por causa ainda das restrições impostas pela pandemia do coronavírus.

Presidente do Tribunal de Contas entre os anos de 2005 e 2015, Oliveira Martins considera “muito importante” o trabalho desenvolvido pela Fundação AIS e sublinha a fidelidade da instituição aos princípios do Concílio Vaticano II na defesa do diálogo inter-religioso. “Vejo este documento [RLRM] e as acções da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre como muito importantes, sobretudo porque tenho a perspectiva de que é muito fiel à declaração do Concílio Vaticano II sobre a liberdade de consciência e a liberdade religiosa”.

Guilherme d’Oliveira Martins, que também presidiu ao Centro Nacional de Cultura, recorda igualmente o espírito de Assis como estando presente na missão da AIS na defesa do “verdadeiro diálogo inter-religioso”. “Invoco aquilo que é o espírito de Assis e nesta ideia refiro que não estamos apenas a equacionar a questão de uma liberdade religiosa para nós, cristãos. Não. Estamos a falar de uma liberdade religiosa autêntica, uma liberdade religiosa assente na dimensão universal da dignidade da pessoa humana. E esse aspecto é fundamental.”

Para Oliveira Martins, a defesa do diálogo entre religiões, que está na génese da missão da AIS, constitui, “uma abordagem correcta” e corresponde também ao “espírito que levou o Papa Francisco até ao Iraque”, no início do passado mês de Março, onde fez uma declaração conjunta “com um alto dignitário da religião muçulmana” sobre a necessidade da defesa da “causa da paz” e para que “a dignidade humana de todos seja reconhecida”.

O Relatório da Fundação AIS, que vai já na sua décima quinta edição, merece o aplauso de Guilherme d’Oliveira Martins que, na sua longa carreira pública, foi também deputado, Ministro da Presidência, das Finanças e da Educação. “O que está em causa não é reivindicarmos apenas a liberdade para a religião de alguns ou algumas religiões, mas garantir a liberdade de consciência para todos.”

Em Portugal, a apresentação do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo será em directo, “via zoom”, numa transmissão que contará com o apoio da Agência Ecclesia. Para saber mais pormenores e activar a sua inscrição gratuita, deverá aceder à página da Fundação AIS na internet.

Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal

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